Cercada de lendas e histórias, a origem e evolução do vinho vem sendo escrita pela literatura e pela ciência ao longo dos tempos.
Dados científicos, com testes de DNA, ajudam a contar a verdadeira história do vinho numa trajetória que pode ter mais de vinte mil anos.
Apesar de diferentes versões, o vinho deve mesmo ter nascido acidentalmente quando uvas deixadas em um recipiente, fermentaram naturalmente, resultando no líquido que hoje chamamos de vinho.
Os cristãos acreditam que Noé criou o vinho. A mitologia grega associa o surgimento do vinho ao deus Dioniso, ou Baco na romana. Além de ser responsável pelo cultivo da uva, dominava a técnica de produção da bebida.
Mas é pelo estudo da origem científica do vinho que vamos passear aqui.
Os registros mais antigos de videiras datam de cerca de 20.000 anos, em Ohalo, Israel.
Evidências moleculares da existência de vinho datadas entre 3.000 e 6.000 a.C. foram encontradas pelo arqueólogo Patrick Edward McGovern e publicadas no livro Ancient Wine (2003). Dados arqueológicos apontam que as primeiras vinhas cultivadas pelo homem foram plantadas há 8.000 anos na região do Cáucaso, na Geórgia. (espécie Vitis vinifera L. subsp. sylvestris, que seria ancestral de 99% das espécies de videiras viníferas atuais)
Importantes registro da origem do vinho:
- as primeiras prensas e equipamentos vitivinícolas na Armênia e datam de 4.000 a.C.
- registros dos primeiros vilarejos constituídos no entorno das plantações de oliveiras e videiras foram descobertos no Egito, datados em 3.000 a.C.
- as primeiras ânforas usadas para transportar e armazenar vinho no Egito. Elas foram utilizadas na logística do vinho até a Idade Média e atualmente foram resgatas e voltaram a ser usadas na produção dos vinhos.