A Riesling é uma uva branca originária da Alsácia – região na planície do Rio Reno que faz fronteira entre França, Alemanha e Suíça. A Alsácia atualmente é francesa, mas já esteve sob domínio alternado da Alemanha e da França, que marca a grande mistura da cultura e da tradição desses dois povos.
A Alsácia é também um lindo destino de enoturismo, com lindas paisagens, arquitetura típica, vinhos e gastronomia maravilhosos numa das
menores e mais famosas rotas de vinhos da Europa.
A Riesling é uma das uvas mais importantes na produção de vinhos brancos elegantes, aromáticos e longevos. Muito resistente e versátil, essa uva traduz muito bem seu terroir de origem e se desenvolve melhor em climas frios que permitem sua maturação lenta e prolongada, o que vai proporcionar maior concentração de aromas. Já nos locais mais quentes, ela amadurece mais rápido e com menor intensidade aromática.
AROMAS
Com a uva Riesling, são produzidos vinhos brancos de alta qualidade, elegantes, de secos até licorosos e longevos. São predominantemente varietais, marcados pela acidez e personalidade. Temos no mercado vinhos Riesling para todos os gostos, para consumo jovens, e, também, outros complexos e com grande potencial de guarda e envelhecimento mesmo sem passagem por barricas de carvalho.
Mas são os aromas dos vinhos Riesling que chamam atenção, eles estão entre os mais aromáticos do mundo. Com compostos aromáticos até 15x mais intensos do que outras uvas brancas menos complexas a Riesling origina vinhos finos, elegantes e intensos com notas frutais como pêssego e maçã nos secos e de maracujá, maçã e mel nos exemplares doces – como o Eiswein.
Os terroirs de origem também exercem influência importante nos aromas dos vinhos Riesling, assim como a maturação e a maturidade dos vinhos. De acordo com a região, tipo de solo e clima onde a uva é produzida, os vinhos podem apresentar notas frutais de abacaxi e pera e cítricas como lima, limão siciliano e casca de laranja. Em locais do Novo Mundo e em vinhos mais maduros surgem notas minerais percebidas como pedra de isqueiro, grafite sílex e querosene.
ACIDEZ
Os vinhos Riesling cativam tanto pelo aroma como pelo paladar. Muito frescos e com níveis alcoólicos relativamente baixos, eles aparecem como vinhos brancos secos incríveis. Em semi doces e doces excepcionais e com uma encantadora contraposição com acidez como nos licorosos Late Haverst (ou colheita tardia) como os Botritizados e os Eiswein ou Ice Wines ambos perfeitos para acompanhar sobremesas ou sem nada, como no melho estilo de vinhos de contemplação.
Os vinhos Botritizados são os produzidos com uvas atacadas pela chamada podridão nobre, ou seja, pelo fungo Botrytis cinérea. Quando atacadas pelo fungo, as uvas perdem água e concentram açúcar e ácidos, produzindo vinhos doces ricos e untuosos.
Já o Eiswein, ou Vinho do Gelo é elaborado com uvas maduras colhidas congeladas na parreira em regiões de baixas temperaturas, geralmente a noite e em torno de 10 graus negativos. Com o frio, a água cristaliza e cria grande concentração de açúcar e o fino terá grande equilíbrio entre doçura e acidez. O Canadá é grande referência na produção de Vinho do Gelo.
Os vinhos produzidos na França e na Alemanha são as grandes estrelas do mercado, mas em outros países do Velho Mundo também temos vinhos maravilhosos. No Novo Mundo o cultivo de uva , produção e consumo de vinhos Riesling é cada dia maior, entre eles o Ice WIne no Canadá e os vinhos finos no Brasil.
RIESLING NO BRASIL
Principal casta da Alemanha, onde o cultivo corresponde pela metade da produção mundial, a Riesling também é cultivada com sucesso em outros países europeus e no Novo Mundo, incluindo o Brasil, que é Bom de Riesling.
A nossa produção de Riesling se destaca na Serra Gaúcha. A Vinícola São João, de Farroupilha, produz e excelente “Riesling Castellamare” que está entre os 10 melhores rótulos do país. Um vinho frutado muito leve, fresco e elegante com preço muito competitivo para você iniciar sua experiência Riesling. O vinho foi premiado recentemente na WINES OF BRAZIL AWARDS entre os TOP 10 RIESLING.
O Riesling brasileiro de perfil seco é excelente para ser consumido a qualquer hora, sozinho ou harmonizado com aperitivos e pratos.
HARMONIZAÇÃO
Excelentes para serem servidos a qualquer hora do dia, graça a sua leveza e elegância, os vinhos Riesling são parceiros para os mais diverso momentos. Versáteis também à mesa.
Os vinhos Riesling jovens, muito agradáveis e frescos vão bem com aperitivos, saladas e pratos de peixes, aves, pizzas, massas de molhos leves e queijos frescos de massa mole, Minas ou do tipo ricota, cottage e mozzarella de búfala.
De forma geral acompanha muito bem carnes brancas. Por conta da acidez marcante, acompanham bem até pratos mais untuosos, porque ajudam a “limpar” a gordura no paladar e aqui a harmonização com o tradicional joelho de porco a moda alemã é perfeita.
O Riesling também vai bem com comida árabe. Graças ao leque de aromas e acidez muito equilibrada com a doçura, os vinhos harmonizam muito bem com comidas condimentadas e picantes. Pense em zaatar e pratos árabes como as pastas e outros alimentos bem temperados, pedem pela acidez e doçura de um Riesling para deixar tudo ainda mais saboroso e elegante.
Os semi-secos têm ainda boa vocação para os pratos agridoces da cozinha thai. Já os vinhos doces acompanham sobremesas e queijos ou podem ser bebidos sozinhos, com grande prazer.
Entre os preparos indicados para ir à mesa com um bom Riesling, estão:
- Eisbein, o famoso joelho de porco preparado ao modo alemão;
- Peixe frito;
- Moules et frites (mexilhões preparados ao estilo belga/francês);
- Lula à dorê e outros frutos do mar;
- Aves em diferentes preparos;
- Queijos salgados (como gorgonzola) e embutidos como presuntos e salames;
- Comida árabe
Já os exemplares de perfil mais doce podem ser apreciados sozinhos, como aperitivo, ou acompanhar sobremesas com gostinho mais cítrico, como:
- Cheesecakes;
- Strudel com recheio de maçã;
- Panna cotta;
- Mousses de limão ou maracujá.
